Bem vindo!

BEM VINDO!

Ex officio é uma expressão latina que significa "por dever do cargo, por obrigação"; muito utilizada no contexto jurídico para se referir ao ato que se realiza sem provocação das partes. Para o contexto do cristianismo, um "cristão ex officio" é aquele que não espera ser provocado ou "incentivado" para ter uma atitude padronizada em Cristo; as atitudes fluem como instinto. Sinta-se livre neste ambiente para opinar, concordar, discordar, sugerir... Desde que de forma respeitosa.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Terceiro e quarto mandamentos


Terceiro Mandamento

"Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Êx 20:7, ACF).

Nos proíbe aqui abusar de seu santo e sagrado Nome nos juramentos para confirmar coisas vãs ou mentiras, pois os juramentos não devem servir-nos para prazer ou deleite, senão para uma justa necessidade quando se trata de manter a glória do Senhor ou quando é necessário afirmar algo que serve para edificação.

E proíbe terminantemente que maculemos no mínimo seu santo e sagrado Nome; ao contrário, devemos tomar este Nome com reverência e com toda dignidade, segundo o exige sua santidade, trate-se de um juramento que nós pronunciemos, ou de qualquer coisa que nos propomos perante Ele. E já que o principal uso que devemos realizar deste Nome é invocá-lo, aprendemos que classe de invocação é a que aqui nos ordena. Finalmente, anuncia neste mandamento um castigo, com o fim que aqueles que profanem com injúrias e outras blasfêmias a santidade de seu Nome, não acreditem que poderão escapar de sua vingança.

Quarto Mandamento

"Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou" (Êx 20:8-11, ACF).

Vemos que promulgou este mandamento por três motivos: Primeiro, porque o Senhor quis, por meio do repouso do sétimo dia, dar a entender ao povo de Israel o repouso espiritual no qual devem os fiéis abandonar suas próprias obras para que o Senhor opere neles. Em segundo lugar, quis que existisse um dia ordenado para reunir-se, para escutar sua Lei e tomar parte em seu culto. Em terceiro lugar, quis que aos servos e a os que vivem sob o domínio de outro lhes fosse concedido um dia de repouso para poder descansar de seu trabalho. Mas isto é uma consequência, antes que uma razão principal.

Em quanto ao primeiro motivo, não há dúvida alguma de que cessou com Cristo: pois Ele é a Verdade com cuja presença desaparecem todas as figuras, e é o Corpo com cuja vinda se esvaecem todas as sombras. Pelo qual são Paulo afirma que o sábado era "a sombra do porvir". Do resto, declara a mesma verdade quando, no capítulo 6 da carta aos Romanos, nos ensina que fomos sepultados com Cristo, a fim de que por sua morte morramos à corrupção de nossa carne. E isso não se efetua num só dia, senão ao longo de toda nossa vida até que, mortos inteiramente a nós mesmos, sejamos transbordados da vida de Deus. portanto deve estar muito longe do cristão a observação supersticiosa dos dias.

Mas como os dois últimos motivos não podem contar-se entre as sombras antigas senão que se referem por igual a todas as épocas, apesar de ter sido ab-rogado o sábado, ainda tem vigência entre nós o que escolhamos alguns dias para escutar a Palavra de Deus, para romper o pão místico na Ceia e para orar publicamente. Pois somos tão fracos que é impossível reunir tais assembleias todos os dias. Também é necessário que os servos e os operários possam repor-se de seu trabalho.

Por isso foi abolido o dia observado pelos judeus —o qual era útil para desarraigar a superstição—, e se destinou a esta prática um outro dia —o qual era necessário para manter e conservar a ordem e a paz na Igreja. Se, pois, aos judeus se deu a verdade em figura, a nós se nos revela esta mesma verdade sem nenhuma sombra: Primeiramente, para que consideremos toda nossa vida um "sábado", quer dizer, repouso contínuo de nossas obras, para que o Senhor opere em nós por meio de seu Espírito. Em segundo lugar, para que mantenhamos a ordem legítima da Igreja, com o fim de escutar a Palavra de Deus, receber os Sacramentos e orar publicamente. Em terceiro lugar, para que não oprimamos desumanamente com o trabalho aos que nos estão sujeitos.

João Calvino
Breve Instrução Cristã

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Incompatibilidade




Por Daniel Clós Cesar


Não é a primeira vez que escrevo sobre ecumenismo. Por isso quero deixar bem claro já no início do discurso. Não vou me referir ao movimento ecumênico, que tem origem no próprio protestantismo. Vou utilizar o termo ecumenismo num sentido bastante amplo. União de religiosidades ou instituições religiosas de "fés" opostas.


Não muito tempo atrás, seguindo a cartilha do mercado de consumo, uma pastora e um padre estiveram no programa de maior audiência da moralmente decadente tv brasileira. Enquanto promoviam seus "ministérios" e CDs, assisti um (que vou considerar em respeito a pastora) grande ato falho de um cristão em rede nacional. Se fora da grande mídia, cristãos são apedrejados, mutilados e queimados vivos por não negarem ao evangelho, em cadeia nacional, no canal mais visto pelos brasileiros, uma pastora (a quem considero minha irmã em Cristo), não fez distinção entre trevas e Luz. Pelo contrário, produziu um novo pensamento em uma teologia pseudo-cristã:

"Cada um anda na luz que tem"... disse ela.

Preciso, antes de continuar, explicar minha posição a respeito da amizade entre cristãos e católicos, cristãos e muçulmanos, hindus, budistas ou qualquer outro que professe um evangelho diferente daquele pregado por Cristo e seus apóstolos.

Creio, de todo coração, ser possível existir amizade entre pessoas que pensam, agem e fazem construções de mundo antagônicas. Primeiro, independente do credo, TODOS pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Segundo, não importa se é em Jerusalém, em Samaria ou em Nínive, homens e mulheres aguardam as boas novas do Evangelho. Terceiro, não existe mais distinção entre senhor, escravo, livre, grego ou bárbaro... Cristo é tudo em todos.

Deste modo, cristãos não são a melhor classe de pessoas sobre a face da terra... pelo contrário, se cremos nas palavras de Cristo, e certamente cremos: "De todos sereis odiados por causa do meu nome." (Lucas 21.17)

Logo, a questão não é obviamente o padre. Pois ele, dentro dos conceitos do homem de bondade, misericórida e amor, é muito estimado. A questão é quem ele representa e o que ele prega.

Sei que a referida pastora não acredita existirem várias "luzes", mas sim, que há apenas uma Luz. O resto, são trevas. Não existem "muitas" luzes, como não há outros deuses. Existe um único Deus... uma única luz.

O cristianismo contemporâneo tem se perdido nas ideologias e no pensamento pós-moderno. Como resultado da intolerância do século XX, como dos fascismos europeus, do socialismo e dos regimes militares de direita, a misericórida de Jesus demonstrada pela adúltera (João 8) passou a ser vista como tolerância. O amor demonstrado por Cristo ali, agora é visto como aceitação.

Ora, o que lemos em João capítulo 8 é uma simples aplicação do "misericórdia quero, não holocaustos" (Mateus 12.7). Mas em nenhum momento Cristo demonstrou tolerância ao pecado daquela mulher. Ou não teria dito: "não peques mais". Sim, ele considerou ser um pecado o adultério, não, ele não a condenou, ele a absolveu... e não, ele não foi tolerante com o pecado... a este, ele condenou... "não peques mais". E não, ele não aceitou que ela permanecesse naquele estado... mas ele radicalmente a transformou... pois ela estava morta, e lhe foi dada a vida.

Não devemos ser tolerantes com os erros. Não devemos deixar de admoestar. E por fim, não devemos colocar o homem no lugar de Deus. Antes de pecar contra Aquele que tem o poder sobre nossas almas, deveríamos considerar nos opor aos que só podem tocar nossa carne. Pois não serão estes últimos a nos julgar, mas o Primeiro.

Portanto, um púlpito consagrado a Deus não pode ser dividido com alguém que serve a outro deus... ou que evoca mortos por intermédio de estátuas mudas. Um ministério forte não é aquele que arrebanha milhares e milhares em torno de sua cidadela, mas aquele que mantem-se integro até a volta de nosso Senhor.

Ainda que criados pelo mesmo Deus... somos absolutamente incompatíveis nas coisas espirituais.

"Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade;" (Isaías 5.20)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sou evangélico, qual o problema de pular carnaval?

Por Renato Vargens


Alguns crentes em Jesus não vêem nenhum problema no Carnaval. Para eles, se não tiver azaração, pegação, bebidas e drogas, não existe nenhum mal desfrutar da festa de Momo, mesmo porque o que importa é a diversão. Segundo estes, o desfile na televisão é tão bonito! E outra coisa: Que mal tem se alegrar ao som dos sambas enredos do Rio de Janeiro?

Pois é, o que talvez estes crentes IGNOREM é a história, o significado e a mensagem do carnaval.

Ao estudarmos a origem do Carnaval, vemos que ele foi uma festa instituída para que as pessoas pudessem se regalar com comidas e orgias antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, a Quaresma. Veja o que a The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 nos diz a respeito: "O Carnaval é uma celebração que combina desfiles, enfeites, festas folclóricas e comilança que é comumente mantido nos países católicos durante a semana que precede a Quaresma.


Carnaval, provavelmente vem da palavra latina "carnelevarium" (Eliminação da carne), tipicamente começa cedo no ano novo, geralmente no Epifânio, 6 de Janeiro, e termina em Fevereiro com a Mardi Gras na terça-feira da penitência (Shrove Tuesday)." (The Grolier Multimedia Encyclopedia).

"Provavelmente originário dos "Ritos da Fertilidade da Primavera Pagã", o primeiro carnaval que se tem origem foi na Festa de Osiris no Egito, o evento que marca o recuo das águas do Nilo. Os Carnavais alcançaram o pico de distúrbio, desordem, excesso, orgia e desperdício, junto com a Bacchanalia Romana e a Saturnalia.

A Enciclopédia Grolier exemplifica muito bem o que é, na verdade, o carnaval. Uma festa pagã que os católicos tentaram mascarar para parecer com uma festa cristã. Os romanos adoravam comemorar com orgias, bebedices e glutonaria. A Bacchalia era a festa em homenagem a Baco, deus do vinho e da orgia, na Grécia, havia um deus muitíssimo semelhante a Baco, seu nome era Dionísio, da Mitologia Grega Dionísio era o deus do vinho e das orgias. Veja o que The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 diz a respeito da Bacchanalia, ou Bacanal, Baco e Dionísio e sobre o Festival Dionisiano:

"O Bacanal ou Bacchanalia era o Festival romano que celebrava os três dias de cada ano em honra a Baco, deusdo vinho. Bebedices e orgias sexuais e outros excessos caracterizavam essa comemoração, o que ocasionou sua proibição em 186dC." (The Grolier Multimedia Encyclopedia)

Pois é, no Brasil o carnaval possui a conotação da transgressão. Disfarçado de alegria, a festa de Momo promove promiscuidade sexual, prostituição infantil, violência urbana, consumo de drogas, além de contribuir para a descontrução de valores primordiais ao bem estar da família.

Isto posto tenho plena convicção de que não vale a pena enredar-se as oferendas do Carnaval. Como crentes em Jesus, devemos nos afastar de toda aparência do mal. Participar da festa de Momo significa se deixar levar por valores anti-cristãos e imorais permitindo assim que o adversário de nossas almas semeie em nossos corações conceitos absolutamente antagônicos aos ensinos deixados por Jesus.

Para terminar essa reflexão, compartilho um poema de Jerônimo Gueiros (1880-1954) que foi um ministro presbiteriano nordestino muito conhecido por seu rico ministério, no Recife, e por suas qualificações como literato e apologista da fé cristã. De sua lavra surgiram artigos penetrantes, livros inspiradores e poesias tão belas quanto incisivas e pertinentes aos temas apresentados.

"Carnaval! Empolgante Carnaval!
Festa vibrante!Festa colossal!

Festa de todos: de plebeus e nobres,
Que iguala, nas paixões, ricos e pobres.
Festa de esquecimento do passado,
De térreo paraíso simulado...

Falsa resposta à voz do coração
De quem não frui de Deus comunhão,
Festa da carne em gozo desbragado,
Festa pagã de um povo batizado,

Festa provinda de nações latinas
Que se afastaram das lições divinas.
Ressurreição das velhas bacanais,
Das torpes lupercais, das saturnais

Reino de Momo, de comédias cheio,
De excessos em canções e revolteio,
De esgares, de licença e hilaridade,
De instintos animais em liberdade!

Festa que encerra o culto sedutor
De Vênus impúdica em seu fulgor.
Festa malsã, de Cristo a negação,
Do "Dia do Senhor" profanação.

Carnaval!Estonteante Carnaval!
Desenvoltura quase universal!

Loucura coletiva e transitória,
Deixa do prazer lembrança inglória,
Festa querida, do caminho largo,
De início doce, mas de fim amargo...

Festa de baile e vinho capitoso,
Que morde como ofídio venenoso,
Que tira do homem sério o nobre porte,
E gera o vício, o crime, a dor e a morte.

Carnaval!Vitando Carnaval!
Festa sem Deus!Repúdio da moral!
Festa de intemperança e gasto insano!
Trégua assombrosa do pudor humano,

Que solta a humana besta no seu pasto:
O sensualismo aberto mais nefasto!
Festas que volve às danças do selvagem
E do africano, em fúria, lembra a imagem,

Que confunde licença e liberdade
Nos aconchegos da promiscuidade
Sem lei, sem norma, sem qualquer medida,
Onde a incauta inocência é seduzida,

Onde a mulher, às vezes, perde o siso
E o cavalheiro austero o são juízo;
Onde formosas damas, pela ruas,
Exibem, saltitando, as formas suas,

E no passo convulso e bamboleante,
Em requebros de dança extravagante,
Ouvem, no "frevo" , as chufas e os ditados
Picantes, de homens quase alucinados,

De foliões audazes, perigosos,
Alguns embriagados, furiosos!
Muitos, tirando a máscara, em tais dias,
Revelam, nessas loucas alegrias,

A vida que levaram mascarados
Com a máscara dos homens recatados...
Carnaval!Perigoso Carnaval!
Que grande festa e que tremendo mal!

Brasil gigante, atenção! Atenção!
O Carnaval é festa de pagão!
Repele-o! Que te traz só dor e morte!
Repele-o! E inspira em Deus a tua sorte.
"

Pense nisso!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os apóstolos modernos e o mito da oração forte.


Volta e meia eu ouço algumas pessoas dizendo que precisam procurar o irmão X simplesmente pelo fato de que  possui uma "oração forte".  Há pouco, uma irmã me abordou ao final de um culto pedindo que clamasse a Deus intercedendo por seu marido, visto que na sua perspectiva a oração do pastor é mais forte do que a de outros irmãos.

Pois é, a afirmação de que existe orações fortes entoadas por homens especiais, não encontra subsídio e fundamento nas Sagradas Escrituras. Antes pelo contrário o ensino neo-testamentário, aponta categoricamente para o fato de que todos aqueles que foram salvos por Cristo e regenerados pelo Espírito Santo tornaram-se sacerdotes, e como tais, mediante o sangue do Cordeiro, possuem livre acesso ao Trono da Graça relacionando-se amorosamente com o Criador de todas as coisas de forma filial.

O problema é que existe uma corja de safados que logra para si um poder super especial o qual faz o crente acreditar que as orações do "profeta" são mais poderosas do que a de qualquer outro cristão. Esta  bandidagem, que tomou para si o título de "apóstolo" tem nos últimos anos se locupletado discaramente da ignorância do rebanho, impondo sobre estes, doutrinas e ensinamentos absolutamente antagônicos aos das Sagradas Escrituras.

Lamentavelmente, boa parte das igrejas neopentecostais, defensoras da nefasta teologia da prosperidade, estão retomando a figura do “ungido de Deus”, ou seja, estão ressuscitando a figura vétero-testamentária  do profeta e do sacerdote. Para estes, o "apóstolo" é o "escolhido" de Deus e quando imbuído de poder espiritual, ergue a voz em oração , o Senhor é obrigado a responder. Ora, Vamos combinar uma coisa? Esses caras são loucos!  Aonde na Bíblia encontramos subsidio para esta satânica doutrina? No Novo Testamento, não encontramos a menor referência que justifique este ensimento.  Jesus Cristo é o nosso único e suficiente mediador. Ele através de morte de cruz, nos fez sacerdotes.  E por causa dEle podemos orar com ousadia na certeza de que se nossas orações estiverem de acordo com a sua Soberana vontade, seremos atendidoS.

A Ele toda honra, glória e louvor!

Renato Vargens

sábado, 12 de fevereiro de 2011

ANDERSON SILVA X VITOR BELFORT: Aprendendo com a surra.



Semana passada, o UFC 126 tomou proporções incríveis, principalmente nas redes sociais, porque se tratava de um duelo entre dois brasileiros que um dia treinaram juntos: Anderson Silva (o "Aranha") e Vítor Belfort (The Phenom), sendo este o desafiante da noite ao cinturão dos pesos médios. Na madrugada de sábado para domingo, milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam aquela que foi chamada de "a luta do século". E tomar partido entre um e outro estava difícil até a entrevista coletiva e a pesagem, quando o Anderson mostrou uma petulância que lhe fez merecedor de todas as vaias recebidas na entrada do octógono.

Pronto, agora ficara fácil torcer. Vitor Belfort, após a sua conversão, tem sustentado um bom testemunho e, após o trauma familiar vivido anos atrás, seria perfeitamente justo ele ser coroado com a tão pregada "dupla honra" ou "a glória da segunda casa" ou "ser posto como cabeça". Enfim, torcida e oração se misturaram com naturalidade; ele estava se preparando à exaustão. Por certo, Deus o honraria! Até porque a conquista do cinturão seria para a glória de Deus e uma oportunidade única de falar do seu amor para todo o planeta! Enfim, tudo caminhava para um final feliz, até que... um chute frontal de Anderson Silva fez Belfort quase perder os sentidos e consequentemente a luta.

Talvez você se pergunte o que isto tem a ver com nossas vidas e com a fé que dizemos professar. Tem que uma certa pregação perigosa faz um novo convertido compreender que "estar na igreja é se dar bem". Mesmo quem isso não prega, acaba confirmando essa idéia quando chega a nível de incentivo e diz: ó, Deus tá nesse negócio, hein varão! Ó, grande será a tua vitória! Ó, vejo Deus abrindo uma porta! Ora, ora, se Deus não mandou dizer, não diga nada ou seja sincero, pois, torcer por alguém não é pecado nem coisa de nova era. Bem melhor que criar a falsa expectativa de que uma intervenção divina poderá mudar as coisas ou que se ELE tiver que intervir será a seu favor, é claro, pois você é crente...

Não sei qual é a opção religiosa do Anderson Silva, mas, não pode ser por um acaso que alguém ganha 12 lutas consecutivas sendo 8 delas defesa de cinturão. O cara assiste metodicamente todas as lutas de seus desafiantes e possíveis adversários diariamente. Isso nos deixa claro que Deus não fará por você o que você tem que fazer só pelo fato de você ser crente. Nem pense em melhorar suas finanças contando com uma "mudança de sorte" sem fazer por onde. Todos já somos abençoados em Cristo Jesus, logo, façamos a nossa parte sem ficar numa espécie de espiritualidade mística.

Acredito que o futuro reserva grandes vitórias a Belfort e isso não pelo fato de ser um homem de Deus, mas, porque é persistente e sabe o que é superação (nem me venha com aquele papinho de que ele não venceu porque Deus sabia que ele não estava preparado para a benção e tal... como se o esforço do Anderson de nada servisse, vejam só!). A questão é que mesmo espiritualmente sendo mais do que vencedor ele terá que conviver para sempre com esta derrota. E não foi qualquer derrota. Foi uma derrota acachapante. Daquelas que serão lembradas para sempre.

Assim é o cristianismo autêntico.

Permaneçamos firmes!

Fonte: Bereano


A segurança de nosso chamado


Rubinho Pirola

Não nascemos para nós, mas para cumprirmos um propósito. E esse, desenhado antes de nós mesmos.

Quanto mais nos alinhamos com ele, tanto mais nos sentimos seguros na vida, posto que não estamos à mercês dos ventos e das circunstâncias.

Sabemos a que viemos e para onde caminhamos, o alvo para o que o apóstolo Paulo fala que dirigia a sua vida.

Não há então a ansiedade, mas a determinação.

Mas viver esse projeto, tem o seu preço. Sabemos que Deus mesmo se encarrega de nos acompanhar e, de perto, nos segurar.

Protegidos, ninguém está. Nunca. Fiquemos certos. Mas seguros.

Talvez, como os seguros de automóvel, que nos garantem o apoio em caso de acidentes, mas nunca nos isenta que eles nos aconteçam.

Assim, com a segurança em Cristo, prossigo nessa jornada em 2011. Como foi sempre até hoje.

Com frio na barriga às vezes, solitário em outras, com ou sem fundo musical, sigo. Em desassossego em várias situações. Mas elas sempre serão só isso - situações. Passageiras, como são tudo o que se pode ver. E o que não se pode ver, nos acompanhará - o eterno amor e cuidado de Deus. Com ou sem acidentes.

Boa jornada!

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 8:38,39

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Obras da carne: prostituição, a deturpação do respeito


Alan Brizotti 

Quando Paulo lista as "obras da carne", começa logo pelo vocábulo "prostituição", palavra hoje muito ouvida por todos. O apóstolo utiliza o vocábulo grego "porneia". Palavra bem geral para as relações e relacionamentos sexuais ilícitos e imorais. Porneia é a prostituição, e pornê, equivale a uma prostituta.

Há grande probabilidade de que estas palavras tenham ligação com o verbo pernumi, que significa “vender”. Portanto, essencialmente, Porneia é o sexo comprado e vendido – o que não pode ser chamado de amor, visto ser uma relação absolutamente monetária. Não pode ser amor porque a pessoa que se submete a esse tipo de relação não é realmente considerada pessoa, mas objeto. A palavra descreve o relacionamento em que uma das partes pode ser comprada e descartada como um verdadeiro objeto, e onde não há união de personalidade e afeto, muito menos respeito. É uma palavra extremamente furiosa com sentimentos e emoções.

É interessante o fato de que Paulo comece a lista das obras da carne com esse tipo de conduta pecaminosa. A vida sexual do mundo greco-romano nos tempos do Novo Testamento era absurdamente libertina. J. J. Chapman, descrevendo os tempos em que vivia Luciano, na primeira metade do século II, escreve: “Luciano vivia numa época em que a vergonha parecia ter sumido da terra”. Esse mundo greco-romano era regido por uma atmosfera de sexualidade deturpada.

Nos escritos de Demóstenes, por exemplo, há uma passagem que trata a conduta sexual leviana de forma assustadoramente normal: “Mantemos amantes para nosso prazer, concubinas para as necessidades diárias do corpo, mas temos esposas a fim de produzir filhos de modo legítimo e de ter uma guardiã fidedigna dos nossos lares”. Nesse contexto de libertinagem, essa palavra ganha imensa proporção.

Sólon foi o primeiro a legalizar a prostituição e a abrir prostíbulos do Estado, e os lucros destes eram usados para erigir templos aos deuses da Grécia libertina. Roma, que foi contaminada pelos pecados sexuais dos gregos, também não ficava atrás. Sêneca chegou a escrever: “A inocência não é rara; simplesmente não existe”. A classe alta da sociedade romana se tornou grandemente promíscua, Messalina, a imperatriz esposa de Cláudio, saía às escondidas do palácio real à noite a fim de servir num prostíbulo público. Juvenal conta que ela era a última a sair e, “voltava ao travesseiro imperial com todos os odores dos seus próprios pecados”. Uma sociedade contaminada por uma sexualidade desvairada em todos os seus níveis.

Talvez ninguém seja mais conhecido em questões de sexualidade deturpada do que Calígula, que vivia em incesto com sua irmã Drúsila, isso sem mencionar as diversas formas de perversão que ele praticava. Nero, outro imperador renomado e devasso, não poupou nem mesmo sua própria mãe, Agripina. Ele também era “casado” com um jovem castrado, com o nome de Esporo, e ainda passeou com ele por todas as ruas de Roma, em cortejo nupcial.

Paulo coloca-se absolutamente contra toda essa imoralidade sexual que apodrecia seu tempo. Para o apóstolo, o cristão autêntico não pode aceitar passivamente uma conduta sexual distorcida. Ele se espanta com a atitude dos Coríntios de não se sentirem horrorizados diante do caso do homem que estava coabitando com a esposa do próprio pai (I Co. 5. 1,2). Paulo expressa não somente uma teologia, mas um sentimento que ele mesmo estava vivenciando.

Paulo, mostra em suas cartas uma série de ordenanças aos cristãos autênticos sobre a maneira ideal de se comportar diante desse tipo de pecado. O cristão deve se arrepender (II Co. 12. 21); deve abster-se totalmente de tal coisa (I Ts. 4. 3); deve fugir dela (I Co. 6. 18), inclusive, esse foi o meio mais decisivo e determinante na vitória de José sobre sua tentação sexual pela esposa de Potifar (Gn. 39. 11,12); deve mortificar estas atividades (Cl. 3. 5). Esse pecado é onde o homem profana claramente seu próprio corpo, e isso fere o propósito de Deus para o corpo do homem (I Co. 6. 13).

Muitos estudiosos chegam a afirmar que a castidade foi a única virtude completamente nova que o cristianismo introduziu no mundo pagão. Isso não foi tarefa fácil, pois para a mentalidade pagã, a imoralidade era normal e o gnosticismo também influenciava, uma vez que, se o corpo é mau como pregava essa doutrina, não importa o que se faz com ele. Somente os gnósticos que seguiam um ascetismo rígido acreditavam que precisavam negar os desejos do corpo. Mas o que não compreendiam é que, quando se trata de uma obra da carne, somente pelo poder do Espírito é que estaremos aptos a batalhar e vencê-la.

Outro grave problema enfrentado pelo cristianismo foi o de que em muitos casos a prostituição era largamente associada à religião. Havia a chamada “prostituição sagrada” (hierodulismo, termo derivado de hiero, templo). Em Corinto, por exemplo, havia o Templo de Afrodite, onde havia milhares de prostitutas. Muitas delas, desciam para as ruas da cidade ao cair da tarde para exercerem sua “profissão”. Por incrível que pareça, religião e imoralidade andavam juntas. Sempre que a religião for somente um emaranhado de tradições e formulações humanas, estará sujeita a esses constantes pecados.

Por isso Paulo começa a lista com essa palavra, pois o que mais acontecia em seu mundo, em seu tempo histórico, era exatamente esse tipo de conduta. Assim, ser cristão era experimentar o milagre da pureza numa sociedade da podridão moral. A prostituição é a deturpação máxima do respeito, é a violência onde a honra e os sentimentos mais puros são corrompidos. Assim como Paulo somos chamados a bradar contra toda essa corrupção sexual que impera em nossos dias. Não podemos - e não devemos - ser cristãos anacrônicos, distantes de nosso tempo histórico, carecemos urgentemente de um retorno ao ministério profético da igreja, denunciando esses males, provendo um lugar de pureza moral e defendendo a genuína fé e vida cristã.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Diálogo à margem do lago - a verdadeira confiança em Deus.

Floresta na beira do lago 1024x768 Papel de Parede Wallpaper
Por Júnio Almeida

Em pleno sábado ensolarado eles conversavam à beira do lago. Pedro, André e Marcos. Três amigos que cresceram juntos. Moravam na mesma rua, estudaram nas mesmas salas de aula, reprovaram a mesma série... Enfim, compartilharam praticamente toda a vida juntos.

Hoje, Pedro e Marcos já estão casados, sendo este último pai de um filho recém-nascido. André é o mais novo deles, mas já está encaminhado para o casamento também. Suas esposas estão preparando a comida para o piquenique enquanto eles conversam:
 - Vocês viram a luta do Anderson Silva contra o Belfort? - Pedro pergunta.
 - Aquela vergonha? Me deu foi raiva esperar até às três da manhã para não assistir a nem cinco minutos de luta! - André responde com um leve sorriso.
Pedro responde:
 - Mas não foi vergonha assim, dessa maneira.
 - O quê? Que isso Pedro? Nocaute em menos de três minutos; se isso não é vergonha, me diga o que é? - André retruca incisivo - Se fosse eu, desistiria de lutar.
Marcos, o mais maduro, depois de ter guardado silêncio alerta:
 - André, nocaute não quer dizer despreparo do adversário, nem que deve ser o fim de uma carreira.
 - Então você quer dizer que aquele golpe foi sorte?
 - Às vezes a sorte acompanha o preparo.
Pedro retoma: 
- O pior é que isso é verdade! Nem o "aranha" (o Anderson Silva) esperava ganhar daquele jeito.
- André, se você levar isso para um lado prático da vida, vai perceber que por vezes tomamos vários "nocautes", mas nem por isso devemos desistir. Repito: o fim de uma luta não precisa ser o fim de uma carreira. - Marcos responde com afeto.
 - Marcos, você tem razão - diz Pedro. Por muitas vezes na vida já fui à nocaute, mas nem por isso desisti de lutar. Quantos concursos eu fiz! Muitos. Mais de quatro anos esperando conseguir uma vaga no serviço público. Perdi a conta de quantas vezes eu saí das provas cabisbaixo. Nem por isso desisti. Hoje tenho meu emprego, minha estabilidade, boa renda para sustentar minha casa. 
- Sabe Pedro, isso quer dizer que Deus faz as coisas na hora em que Ele quer, e não na nossa. - Marcos responde. Por mais que nos desesperemos, o que acontece sem necessidade, fiquemos ansiosos ou querendo apressar o Senhor, tudo ocorre no seu devido tempo, conforme a Sua vontade.
Pedro e André consentem acenando com a cabeça.
Marcos prossegue:
 - Mas Pedro, com você Deus cuidou de lhe providenciar um concurso, mesmo depois de alguns anos, ou seja, mesmo depois da devida espera, Ele cumpriu o desejo do seu coração. 
 - Sim, é verdade - Pedro concorda.
 - Pois é, mas no meu caso foi diferente. Passei cinco anos estudando para concurso e nada, você sabe. Mas nem por isso Ele me desamparou, não sou concursado, mas tenho minha estabilidade em Deus e ganho muito, (bem mais!) do que se estivesse no serviço público.
 - Isso é por que Deus trata de cada um de uma maneira. - Pedro responde enquanto brinca com uma pedra.
 - Exatamente! Com você foi a questão do tempo. Comigo foi o "como". Deus fez "como" eu não esperava. Não imaginava que me tornaria diretor de uma grande empresa. Embora não era o que eu tanto sonhava ou imaginava, sei que foi o melhor para mim e hoje sinto-me extremamente satisfeito com isso; talvez muito mais do que se estivesse concursado. Não importa o "quando" ou o "como"; o que realmente importa é que Deus esteja no controle.
André resolve voltar à conversa:
 - Bom, com Pedro foi o "quando"; com você André, foi o "como". Mas se simplesmente nada tivesse acontecido? Se mesmo depois de tantos anos vocês não tivessem conseguido nada, ainda sim acreditaria que Deus está no controle?
De repente o silêncio falou mais alto.
 - Marcos? - Sua esposa o chama.
Ele olha para André e responde:
 - Aguarda só um minutinho que eu volto para te responder.


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quer saber por que eu gosto e sempre gostei de BBB?

Durmo pensando em BBB.
Acordo com BBB na mente.
BBB é tudo o que eu quero ver.
Afinal, eu sou crente!

BBB me alegra.
BBB me fascina.
BBB me encanta.
BBB me ensina.

Com BBB, não vejo o tempo passar.
É melhor do que estar com os amigos.
BBB me ensina a amar.
Afasta-me dos perigos.

BBB também é bom para você.
Sabia que pode mudar a sua história?
Mas cuidado com certo programa de TV.
Não perca a sua vitória!

Domingo é um dia especial.
Faça a sua parte, irmão.
Tem BBB na Escola Dominical.
Seu esforço não será em vão.

Portanto, não seja bobo!
Deus quer abençoar a sua vida!
Esqueça o BBB da Globo!
E pense em Bíblia, Bíblia, Bíblia!

Ciro Sanches Zibordi