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Ex officio é uma expressão latina que significa "por dever do cargo, por obrigação"; muito utilizada no contexto jurídico para se referir ao ato que se realiza sem provocação das partes. Para o contexto do cristianismo, um "cristão ex officio" é aquele que não espera ser provocado ou "incentivado" para ter uma atitude padronizada em Cristo; as atitudes fluem como instinto. Sinta-se livre neste ambiente para opinar, concordar, discordar, sugerir... Desde que de forma respeitosa.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Penso, logo [Deus existe]


“Penso, logo existo” – frase de René Descartes, filósofo e matemático nascido em Paris, conhecido como pai da filosofia moderna. Descartes duvida voluntária e sistematicamente de tudo, desde que possa encontrar um argumento, por mais frágil que seja. Resolve duvidar da própria matemática; para ele “será que dois mais dois é igual a quatro, ou tudo isto é apenas um sonho? E se um gênio maligno me enganasse, se Deus fosse mau e me iludisse quanto às minhas evidências matemáticas e físicas? Tanto quanto duvido do Ser, sempre posso duvidar do objeto”. (paráfrases minhas)
Com isso ele chega a uma conclusão: “Existe, porém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar: mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável.”, ou seja, a única certeza que ele tem é que pensa. Ainda que a questão matemática estivesse errada, ele teria certeza que estava pensando, por isso, por ter convicção quanto à existência do seu pensamento, poderia afirmar a sua própria existência. (Penso, logo existo)
Mas ele se aprofunda em uma solidão, pois só pode afirmar a sua própria existência pelo fato de ser pensante. E as coisas que estão fora do seu pensar? A água que não pensa, não existe? E como ele a bebe? A pedra que não pensa, não existe? E como ele pode tropeçar nela? E as outras pessoas, ninguém existe? Então, como afirmar a existência das outras coisas?
A saída foi recuperar a consciência de Deus: “Dentre as idéias do meu pensamento existe uma inteiramente extraordinária. É a idéia de perfeição, de infinito. Não posso tê-la tirado de mim mesmo, visto que sou finito e imperfeito. Eu, tão imperfeito, que tenho a idéia de Perfeição, só posso tê-la recebido de um Ser perfeito que me ultrapassa e que é o autor do meu ser. Por conseguinte, eis demonstrada a existência de Deus. Uma vez que Deus existe, eu então posso crer na existência do mundo”. (paráfrases)
Portanto, todas as coisas estão condicionadas à existência Dele. Negando a existência do Senhor, nega-se a própria existência humana e a encerra em uma infinita solidão, pois não se pode afirmar nada a partir da ótica do ser pensante, porque todas as pretensas existentes talvez sejam apenas delírios. Logo Ele existe, e se Ele existe, tudo o que se consegue ver, de alguma maneira, existe, e todas as coisas estão condicionadas à existência Dele.
Essa metafísica tem, para Descartes, uma evidência mais profunda que a ciência. É ela que fundamenta a ciência, porque se Deus não existe, não se pode afirmar que a ciência também exista. Pode ser que tudo não passe de um simples delírio ou alucinação.
Pode-se então concluir: “Penso, logo [DEUS EXISTE]”.
“Pois, Nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele.” Cl 1.16

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