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Ex officio é uma expressão latina que significa "por dever do cargo, por obrigação"; muito utilizada no contexto jurídico para se referir ao ato que se realiza sem provocação das partes. Para o contexto do cristianismo, um "cristão ex officio" é aquele que não espera ser provocado ou "incentivado" para ter uma atitude padronizada em Cristo; as atitudes fluem como instinto. Sinta-se livre neste ambiente para opinar, concordar, discordar, sugerir... Desde que de forma respeitosa.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dar o gosto ou aceitar o sabor?


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“Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.” Mt. 5.13
Jesus não perdia oportunidades. Após percorrer a Galiléia pregando o Evangelho e curando muitos enfermos, sua fama correu por toda Síria e Judéia. Muitas pessoas dessas regiões começaram a segui-lo; levavam os enfermos, atormentados, endemoniados, lunáticos e os paralíticos até o Mestre, e ele os curava (Mt. 4.23-25). Vendo a grande multidão que O seguia, ao chegar no Monte das Oliveiras, pára e começa o famoso Sermão do Monte.
Ao término das bem-aventuranças, Cristo diz aos seus ouvintes que eles são o sal da terra. Ele utiliza um elemento bem conhecido daquele povo para exortá-los a respeito das verdades eternas. Naquele tempo o sal era usado como conservante, pois não existiam geladeiras; as pessoas imergiam os alimentos em água com muito sal, ou envolviam toda a comida com o sal, conservando-a dessa forma. Além disso, os romanos aproveitaram o sal para usar como forma de pagamento aos seus soldados, já que por ser o único conservante da época, o valor econômico era alto. Daí hoje utilizarmos a palavra salário. Com isso, a analogia de Jesus era clara para aquele povo.
Nós podemos contextualizar essa palavra para nós, como também utilizá-la no contexto bíblico falando sobre o sabor. Tanto em nosso contexto, em que o sal é utilizado basicamente para salgar, e no contexto do versículo referido, o que se quer mostrar é a questão de salgar ou não.
Jesus disse: “se o sal vier a ser insípido (…), e aqui surge uma pergunta – existe sal que não salga? Os cientistas dizem que é quimicamente impossível que o sal perca sua capacidade de salgar. Então nós entendemos como uma situação hipotética; se o sal não cumprir o seu papel, para que ele serve? Obviamente que não serve para nada. Jesus mesmo afirma: Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
Mas, podemos enxergar além do óbvio. Quando se tem algo que não consegue cumprir o propósito para o qual foi designado, este é jogado fora. Para uma criança, o brinquedo que não serve para brincar é deixado de lado, esquecido. Mas o sal… não é só esquecido. Primeiramente ele é lançado fora; assim como aquele cristão que não cumpre o seu papel de cristão. Como aquele indivíduo que foi chamado por Deus para dar o gosto ao mundo, chamado para fazer a diferença, mas quando misturado com os outros ingredientes (os ímpios) não traz o mínimo sabor. Independente de onde esteja, o cristão tem que ser a diferença, quer seja na escola, faculdade, emprego… E para ser a diferença ele precisa agir como Jesus agiria em seu lugar, pois se não cumprir com o seu papel de “sal” será lançado fora e… pisado pelos homens.
Este é o segundo ponto que precisamos enxergar: não só será lançado fora, mas também, pisado pelos homens. O pecado, além de fazer separação entre Deus e o homem, faz com que o homem seja humilhado. Quem admira o bêbado que dorme na rua como um mendigo? Ninguém. Quem admira a prostituta pelo que ela faz? Ninguém. Quem admira o mentiroso, o invejoso, o fofoqueiro ou orgulhoso? Ninguém. Isso significa que se você, como cristão, não dá o gosto ao mundo, antes aceita o seu sabor, será lançado fora do reino de Deus e pisado pelos homens, como motivo de desprezo, escárnio e humilhação.
Portanto, qual é a sua decisão: dar o gosto ao mundo ou aceitar o sabor? Lembre-se do que o Apóstolo Paulo escreveu aos romanos: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável perfeita e vontade de Deus” Rm. 12.2
Não se conforme com o gosto do mundo, mas transforme-se pela renovação do seu entendimento. Seja o sal da terra!
Por: Júnio Almeida

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