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Ex officio é uma expressão latina que significa "por dever do cargo, por obrigação"; muito utilizada no contexto jurídico para se referir ao ato que se realiza sem provocação das partes. Para o contexto do cristianismo, um "cristão ex officio" é aquele que não espera ser provocado ou "incentivado" para ter uma atitude padronizada em Cristo; as atitudes fluem como instinto. Sinta-se livre neste ambiente para opinar, concordar, discordar, sugerir... Desde que de forma respeitosa.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Perspectivas do aborto


Perspectiva biológica, legal, sociológica, psicológica e teológica
Violência dos poderosos contra os indefesos
A vida começa, na biologia, de forma científica, na concepção. Ela é contínua intrauterina ou extrauterina até a morte, ou seja, há vida desde a gravidez. Isto é confirmado pela embriologia, pela genética e pela medicina fetal. Portanto, se há vida desde a gravidez, o aborto é matar uma vida.
Um feto já não é mais um prolongamento do corpo na mãe, e sim um novo ser vivo. Isso é perceptível por causa da placenta, porque se não fosse ela, o corpo da mãe reconheceria o filho como “corpo estranho” e o expulsaria. Portanto, se um feto não é parte do o corpo da mãe, esta não pode optar pela vida ou morte deste novo ser. Pelo nosso Código Civil Brasileiro, no art. 13, diz: “Salvo por exigência médica, é defeso (proibido) o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.”, ou seja, não se pode dispor dos membros do seu próprio corpo contra integridade física, quem dirá do corpo de outrem; e ainda que fosse parte do corpo da mãe, esta não poderia dispor do próprio corpo contrariando os bons costumes; não seria então, o caso do aborto? Ou será que ele é um “bom costume”?
Diante de um ponto de vista sociológico, os números do Ministério da Saúde afirmam ter um milhão e quatrocentos mil abortos clandestinos por ano, algo que gera certa calamidade pública, pois catorze mil mulheres morrem decorrentes deste ato. Com isso, eles, os representantes do povo, acreditam que a melhor hipótese é a legalização do aborto, pois o Estado teria como dar auxílios às pessoas e acabaria com a clandestinidade. Nossa, que utopia imbecil! Desde quando se consegue consertar um erro com outro mais absurdo? Então podemos legalizar a maconha, a cocaína, o crack, os homicídios, os estupros, a pedofilia, etc. Assim não teríamos problemas com a ilegalidade, e poderíamos dar assistência de perto às “vítimas”. A verdade é que isso só traria a autodestruição da sociedade.
Algo que muitos questionam para a legalização do aborto é: “no caso do estupro, pode?”. A nova vida gerada não é culpada daquele ato. Recomenda-se que se mãe, caso não tenha condições de criar o filho, doe a criança, pois as conseqüências psicológicas negativas do aborto serão incomparáveis às conseqüências da gestação. Caso tenha condição de criá-la, opte em ficar, entretanto, se não, doe também, porém não acabe com a vida de quem não tem culpa.
As estatísticas mostram que o aborto decorrente do estupro é a menor parcela do percentual estatístico. Entretanto, usa-se a mídia para comoção das pessoas sobre a questão e omite-se que a maior parte do aborto é decorrente da promiscuidade. Tenta-se combater o efeito enquanto dever-se-ia combater a causa. Por que não lançar políticas públicas contra a promiscuidade, fornicação, prostituição, adultério? Talvez porque a sociedade “evoluiu” demais para pensar em sexo apenas no casamento.
Diante da perspectiva psicológica, como bem expressou o Dr. Rubens Volich,doutor pela Universidade de Paris Diderot, em seu livro: “O aborto causa conflitos relacionados a experiências e representações que a mulher tem da maternidade, suas vivências infantis e sua relação com a própria mãe, bem como a maneira como foi cuidada como criança. Surge freqüentemente a culpa com relação ao filho que não pôde nascer, com relação ao pai da criança, por tê-lo privado de um filho, além de dúvidas quanto à possibilidade de uma futura gravidez e o medo de ser punida com a infertilidade pelo ato que praticou. Enfim, uma grande variedade de fantasias.”(Segredos de Mulher: Diálogos entre um ginecologista e um psicanalista)
As conseqüências, segundo a Associação Nacional Provida e Pró-Família, é que as mulheres que abortam tenham:
  • Queda na autoestima pela destruição do próprio filho;
  • Frigidez (perda do desejo sexual);
  • Aversão ao companheiro;
  • Culpabilidade ou frustração de seu instinto materno;
  • Desordens nervosas, insônia, neuroses diversas;
  • Doenças psicossomáticas;
  • Depressões;
  • Nove vezes mais propensas ao suicídio;
  • Na segunda gravidez, depois do aborto, dez vezes mais propensas a perderem o filho.
Na perspectiva teológica, em Êxodo 21.22-23 diz: “Se homens brigarem, e ferirem mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém sem maior dano, aquele que feriu será obrigado a indenizar segundo o que lhe exigir o marido da mulher; e pagará como os juízes lhe determinarem. Mas, se houver dano grave, então, darás vida por vida.. Portanto Deus trata aquele que ainda está no ventre como uma vida não menos importante daquele que já nasceu.
No Salmo 139.13-16 diz: “Pois Tu formaste o meu interior, Tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os Teus olhos me viram a substância ainda informe, e no Teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” Dispensa comentários.
Falando ao profeta Jeremias (Jr 1.5), Deus diz: “Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta.”
Quanto a Jesus, em Lucas 1.31 diz: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.” A palavra conceber neste caso significa gerar, fecundar, ou seja, o próprio Cristo estava vivo dentro do ventre materno.
Portanto, vê-se que pela biologia a vida começa na concepção, então abortar é matar; legalmente o aborto não é fomentado; de modo sociológico, não é a solução da calamidade pública; as conseqüências psicológicas sofridas pelas mulheres que abortam são irreversíveis; e por fim, teologicamente o aborto é pecado, pois Deus considera um feto uma vida não menos importante de alguém já nascido, e matar é pecado. A verdade é que o aborto não passa de uma violência dos poderosos contra os indefesos.
Por Júnio Almeida

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